Passarinho, que som é esse? – Como é o som da Sanfona

Você já teve a curiosidade de saber como é o som da Sanfona? Confira no vídeo abaixo a música Passarinho, quem som é esse? – Sanfona, e logo abaixo veja algumas curiosidades sobre este instrumento.

O Som da Sanfona

A música Passarinho, quem som é esse? – Sanfona é uma composição original de Hélio Ziskind para o programa Castelo Rá-Tim-Bum, produzido nos anos 90 pela TV Cultura.

 

Sanfona, acordeon ou gaita?

O acordeon, no Brasil também chamado popularmente de sanfona e gaita, é um instrumento musical aerofone de origem alemã, composto por um fole, palhetas livres e duas caixas harmónicas de madeira. Além disso é um instrumento de tecla.

A construção da acordeon foi baseada num instrumento de sopro chinês criado por volta de 2.700 a.C chamado Cheng, com o mesmo sistema de palhetas. No século XIX, ganhou o mundo depois de passar pelas regiões de Stradella e Ancona na Itália, onde surgiram importantes fábricas como Paolo Soprani e Scandalli.

No Brasil, o acordeão chegou entre os anos de 1837 e 1851, trazido por imigrantes alemães e italianos, chamado de concertina. Logo foi incorporado à cultura musical brasileira, com mais intensidade nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde é chamado de sanfona, e também no Sul onde é chamado de gaita.

E como funciona o Acordeon?

A primeira coisa que podemos perguntar é: o que quer dizer instrumento musical aerofone? Significa que o som é produzido pela vibração do ar no instrumento, sem cordas nem membranas, ou seja, utilizam o ar como principal fonte de produção sonora.

O som do acordeon é criado quando o ar que está no fole passa por entre duas palhetas (localizadas no chamado castelo, dentro do fole), que vibram mais grave ou agudo de acordo com a distância entre elas (quando mais distantes, mais grave o som) e seu tamanho (quanto maior, mais grave o som produzido). Quanto mais forte o ar é forçado para as palhetas, mais alto é o som. O ar é proveniente do fole, que é aberto ou fechado com o auxílio do braço esquerdo. (Fonte: Valério)

Além das teclas brancas (teclado) da mão direita chamada de melodia, o acordeon possui os botões dos baixos para a mão esquerda que são botões menores, redondo, utilizados para fazer o acompanhamento da melodia com sonoridades mais graves, fazendo com que o instrumento seja capaz de executar ao mesmo tempo a melodia e a harmonia.

Embora todos os tipos de acordeon possuem a mesma lógica de funcionamento, cada um tem suas particularidades. Em geral, podemos classificar os acordeons em dois tipos: cromáticos e diatônicos.

O acordeon diatônico é o tipo mais comum no Brasil, que pode ser encontrado nas versões com teclas (acordeon piano ou pianado) e botões (gaita botão ou ponto). Em geral, a característica desse instrumento é que ele apresenta notas diferentes quando se abre e fecha o fole. É muito popular tanto na cultura gaúcha, com as músicas tradicionalistas, quanto na nordestina, com o forró, podendo ser conhecido também como gaita ou sanfona, dependendo da região. (Fonte: Multisom)\"\"

Já o acordeon cromático é caracterizado por ter botões dos dois lados, sendo que, no lado direito, a disposição dos botões segue a ordem das escalas cromáticas. Esse instrumento se originou de uma reorganização nas palhetas de um acordeon diatônico, produzindo notas com maior alcance. Apesar de não ser muito popular no Brasil, seu som é muito apreciado em países europeus. (Fonte: Multisom)

 

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Grandes sanfoneiros brasileiros

Luiz Gonzaga

Talvez o mais conhecido nesse meio musical, chamado até de Rei do Baião, Luiz Gonzaga do Nascimento, nasceu em 13 de dezembro de 1912, na Fazenda Caiçara, em Exu, distante cerca de 600 km de Recife, capital pernambucana. Encantava as pessoas desde pequeno pela sua maneira de tocar sanfona. Através da sua música que conseguiu levar o xote, baião e xaxado aos quatro cantos do país, retratando muitas vezes em suas letras a realidade da pobreza, tristezas e injustiças do sertão nordestino.

Dominguinhos

José Domingos de Morais, nascido em 12 de fevereiro de 1941, era filho de um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas, o mestre Chicão. Desde cedo se interessava por música e aos seis anos de idade aprendeu a tocar sanfona. Se apresentando em feiras e eventos ficou conhecido como Neném do acordeon e foi em uma destas apresentações que conheceu Luiz Gonzaga, na ocasião hospedado por lá. Impressionado com o menino, Gonzaga convidou Dominguinhos a ir ao Rio de Janeiro, estudar acordeon em Recife e posteriormente fazer parte do próprio grupo musical. E foi desta forma que ganhou status de músico e arranjador, consolidando carreira própria, com gêneros musicais como bossa nova, jazz e pop.

Sivuca

Severino Dias de Oliveira, o Sivuca, nasceu em 1930 e além de sanfoneiro foi compositor de choros, frevos, forrós, baião, blues, jazz, entre outros ritmos. Desta maneira contribuiu no enriquecimento da música brasileira, compondo trilhas para os filmes Os Trapalhões na Serra Pelada (1982) e Os Vagabundos Trapalhões (1982), por exemplo, e também recebeu reconhecimento internacional por seus trabalhos.

Lucy Alves

Lucyane Pereira Alves, consideravelmente mais jovem do que os demais sanfoneiros desta lista, nasceu em 1986 e começou sua vida artística aos quatro anos de idade. Paraibana de João Pessoa, já teve a oportunidade de gravar e tocar ao lado de Dominguinhos, Sivuca, Oswaldinho do Acordeon, entre outros grandes sanfoneiros.

Lucy Alves, como é conhecida, já foi violinista na Orquestra Infantil da Paraíba, solista das Orquestras Sinfônicas da Paraíba e de Recife e da Orquestra da Câmara de João Pessoa, além de tocar violino no Conservatório Musical da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Lucy é graduada em música pela UFPB e ganhou repercussão nacional ao participar do programa de TV The Voice Brasil, sendo uma das finalistas e assinando contrato com a gravadora Universal Music.

Oswaldinho

Exceção entre os nomes acima, Oswaldo de Almeida e Silva, conhecido como Oswaldinho do Acordeon, não é nordestino. Natural de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro, é filho do popular Pedro Sertanejo, nascido no Sertão da Bahia, mas que fez seu nome ao morar e ser o pioneiro dos forrós em São Paulo. Oswaldinho, hoje com 62 anos, teve grande sucesso com a fusão da 5ª sinfonia de Beethoven e ritmos nordestinos, e em 1976 conheceu o professor italiano Dante D’Alonzo, quando começou a estudar música realmente.

No currículo exibe gravações com estrelas da MPB, como Elba Ramalho, Edson Cordeiro, Caetano Veloso, Milton Nascimento e outros, além de participar de festivais e encontros com os maiores sanfoneiros do mundo. Oswaldinho é uma das principais referências, ainda em atividade, em acordeon no Brasil.

Fonte: (Belas Artes Joinville)

Renato Borghetti

Poucos sabem que Renato Borghetti é hoje um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional. Renato Borghetti começou na música aos dez anos de idade, tocando uma gaita-ponto que ganhou do pai em Barra do Ribeiro. Em pouco tempo já era atração no Centro de Tradições Gaúchas comandado por seu pai e, aos 16 anos, se apresentou pela primeira vez. Seu primeiro disco, o Gaita-Ponto tornou-se o primeiro álbum de música instrumental brasileira a ganhar um disco da ouro, vendendo cem mil cópias. Renato mescla folclore e modernidade em suas composições, tendo um estilo inconfundível. Tem mais de uma quinzena de discos gravados e dezenas de participações em gravações.


 

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1 comentário em “Passarinho, que som é esse? – Como é o som da Sanfona”

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